Olá ouvintes, tudo bem? Meu nome é Kláudia Luana, e esta é a Rádio Verdades Ocultas FM, no ar. Defendendo todas as noites os seus direitos sobre as informações que eles não querem que você saiba.

Hoje temos uma história envolta em mistério. E quando digo isso, são camadas e camadas de mistério. Vocês já ouviram falar no vilarejo de Passo do Tatu em Minas Gerais? Pois é, eu também não tinha conhecimento do local até receber alguns vídeos da minha melhor fonte, a Frente da Verdade sem Fronteiras.

A natureza do evento só foi descoberta após investigações minuciosas por parte dos membros da FVF que conseguiram se infiltrar pelas linhas de contenção. 

Tudo começou na noite de 21 de junho de 2018, uma quinta-feira. Os trabalhadores voltavam para suas casas depois de um dia curto no campo, devido ao solstício de inverno. Muitos deles se encontravam em frente à vendinha da roça do vilarejo quando surgiu entre eles o objeto que deu início ao fim.

Minhas fontes não conseguiram informar se veio do céu, do chão ou se surgiu como um truque de mágica no meio da rua. Só tenho aqui a foto que eles me enviaram, tirada por algum dos moradores mais afortunados por ter um telefone com câmera. Nessa imagem, é possível ver um objeto em forma de caixa oitavada com uma espécie de antena parabólica no topo, emitindo um fino feixe de luz a partir dela. Lembrando um satélite.

Não se deixem levar pelo ceticismo, caros ouvintes, pois tudo o que vou contar aqui essa noite tem provas concretas, apesar dos esforços da Fundação em esconder tudo.

Obtive na deep web, com meus caros vigilantes da FVF, alguns vídeos que vou explicar agora para vocês.

Pela data e hora de cada gravação, organizei todos em ordem e vou contar cada um deles com suas datas e horários, junto com os relatos que recebi da FVF, para que vocês possam me ajudar a elucidar esse caso de forma mais clara.



22 de junho de 2018, duas e cinco da manhã.

Caminhões da Fundação são vistos indo em direção ao vilarejo. Cerca de doze deles passaram pelo ponto de checagem da FVF no Posto Parada Certa.

Imediatamente os membros que ali estavam à postos começaram a seguir de longe os agentes.

 

Aqui foi possível distinguir os veículos da Fundação por duas características sempre presentes: eles sempre usam a marca de uma cobra que se devora, sutilmente desenhada em alguma parte dos caminhões e furgões que utilizam. Os detectores da FVF sempre escaneiam as imagens dos caminhões que passam por seus postos de observação para detectar a ação da fundação.

 

22 de junho de 2018, quinze para as três da manhã.

Os caminhões da Fundação diminuíram a velocidade e acessaram uma estrada de chão, que finalmente daria acesso ao vilarejo de Passo do Tatu. Até então os membros da FVF não faziam ideia do destino dos veículos, por isso resolveram seguir um pouco mais para despistar os agentes, caso eles os estivessem observando também.

 

Como estradas de chão normalmente dão acesso a pequenos sítios e pequenos ajuntamentos que mal podem ser considerados vilarejos, a FVF achou que poderia encontrar com facilidade os caminhões, mesmo se desse um espaço para eles. O que se mostrou promissor nesse caso, pois logo encontraram novamente os caminhões, já alinhados de forma a conter o avanço de quaisquer pessoas ao pequeno povoado, fadado ao esquecimento.

 

22 de junho de 2018, três para as seis da manhã.

Já dentro da linha de contenção da Fundação, podem ser vistos a cerca de trinta metros, pessoas vestidas com roupas de proteção biológica, trazendo de dentro de uma casa uma maca com um saco preto sobre ela. 

 

Aqui só podemos especular que seja uma das vítimas acometidas por algo que possa ter sido liberado do satélite.

 

22 de junho de 2018, oito horas da manhã.

Uma chuva muito pesada caía sobre o local nesse momento. Pouco podia ser discernido na rua, mas logo os membros da FVF entraram em um dos barracões montados pela Fundação e lá dentro estava o satélite, ligado a diversos equipamentos eletrônicos. Numa mesa lateral havia um disco de ouro do tamanho de um vinil, com a frase “The sounds of Earth”.

 

Caros ouvintes, me despeço de vocês hoje com o trecho final do vídeo, que mostra algo que ainda está ecoando na minha mente: 

 

Um monitor mostrava uma mensagem, que também ecoava pelas caixas de som posicionadas nos cantos da barraca: “Preparem-se, estamos voltando para casa”.