Marginais, repugnantes, escória da humanidade. Se é que existe alguma humanidade em seus ossos.

Assim que a sociedade vê as mulheres da chamada Ilha Das Bruxas, um local ermo no meio do Lago Guaíba, na Grande Porto Alegre. Sem eletricidade e em condições precárias, vivem de doações de pessoas que frequentemente vão consultá-las para saber seus destinos. Algumas almas menos afortunadas recorrem às artes das senhoras para interromper vidas ainda nos seus ventres. Essa é parte da vida das bruxas que as concedeu o título que carregam e que nomeia a úmida ilha.

Uma caminhada de meia hora por sobre um gramado encharcado pelas águas do lago separa o centro da cidade de Eldorado e a cabana mais próxima, onde o destino de Roberto está sendo decidido essa noite.

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Em breve Roberto encontrará seu destino